O que se viu nesse ano, aliás, o que não se viu foi a divulgação do Festival de Parintins. Já começou errado. Os bois tentaram atrair o público amazonense e estrangeiro a todo custo, mas pouco conseguiram, ainda mais nessa época de Copa, que todo mundo parece que se esquece do trabalho, das dívidas, de tudo, só pra acompanhar os jogos. A Copa é um megaevento e que desperta interesse de todos, não tem como competir com uma Copa. A ideia não devia ser competir e sim usar a Copa para mostrar nossa cultura mundo afora. Nada disso aconteceu. A população já "alisou", é muita Copa pra pouco dinheiro, ainda mais pra esse povo que gosta da bebedeira. Comprar passagem e hospedagem pra prestigiar o Festival de Parintins se torna muito difícil. Nem se fale pra quem quer ver o Festival com mais conforto e quer comprar um ingresso pra ver o boi. O preço é exorbitante, o povo acha mais futuro ir pra outro lugar, até mesmo para fora do país.
Esse Festival não contagiou nem a própria população de Parintins, não se via bandeiras, não se ouvia toadas, nem aquele clima pré Festival que se via antes. Culpas todos tem e então não vamos apontar um nome com culpado.
Agora vamos falar dos dias de Festival. O Caprichoso foi com o "Ritmo de Boi" e realmente mostrou como é o real (atual) ritmo de boi, porém foi fraco nas suas apresentações, deixando muito a desejar, faltou o tão conhecido Capricho. O Garantido foi um pouco melhor, mereceu vencer, mas não foi tudo isso. Pra começar o ritmo do Garantido mudou muito. Se gabam tanto da sua tradição, mas não ha mantém. Alguns compositores antigos e consagrados do boi ainda lutam para mantê-la, como é o caso do compositor Tadeu Garcia que quase semanalmente detona o ritmo atual. Os bois de Manaus começaram a perder espaço quando começaram a copiar os bois de Parintins. Caso os bois de Parintins percam sua originalidade a mesma coisa irá acontecer.
Enquanto isso continuar o Festival só tem a perder.